sábado, outubro 11, 2008

Morena Sereia

Menina do amar
deitada na areia
até o sol quando te ver
se encendeia.

Tu entra na água
deixa doce o mar
você deixou tanta
paixão em meu olhar.

Queria ser o sol
pra bronzear seu corpo,
ser aquelas ondas que se
arrastam aos teus pés.

Ter esse sorriso aqui nos
lábios meus, molha a minha boca
com os beijos seus
me ensina tua canção.

Estou enfeitiçado
pelo seu encanto, pedaço de
pecado que desejo tanto,
mergulha no meu coração.

Morena sereia
amor que eu sinto é maior
que a maré cheia.

Morena sereia
eu vivo sonhando
que estou te amando na areia.

Wanderley Andrade

Saudade de Alguem

Saudades, um pedacinho de emoção dentro da gente...
Um pedacinho de outra pessoa dentro da gente...
Um voz, um olhar, um toque.
De repente uma angústia.
Saudade do que não fez, ou daquela vez.
Saudades...
Das coisas, do lugar, da pessoa...
De um beijo, de um carinho, daquele jeito diferente...
Ou do sorriso, de repente...
Saudades de alguém...
Saudades de você.

sábado, novembro 04, 2006

Praxe Académica

Todos nós já ouvimos falar sobre a Praxe Académica e todos temos uma ideia mais que não seja preconcebida sobre o que são as Praxes, para uns a Praxe é uma coisa negativa para outros uma coisa bastante positiva.
Mas o que é afinal a Praxe Académica?
A Praxe Académica é um conjunto de tradições geradas entre estudantes universitários e que já há séculos vêm a ser transmitidas de geração em geração. É um modus vivendi característico dos estudantes e que enriquece a cultura lusitana com tradições criadas e desenvolvidas pelos que nos antecederam no uso da Capa e Batina. Praxe Académica é cultura herdada que nos compete a nós preservar e transmitir às próximas gerações.
A palavra Praxe tem ori¬gem na palavra grega praxis que significa a prática das tra¬dições, dos usos e costumes. A praxis está de tal modo inserida no nosso quotidiano que quando alguém procede de certa torna só porque era esperado, devido à mecânica dos comportamentos sociais de grupos, não é raro ouvir--se dizer: «Pois... já é da Pra¬xe,,,»,
Ao contrario do que se possa pensar a praxe não é para fazer mal ao caloiro ou gozar com ele, mas sim a praxe serve para ajudar o caloiro ou recém-chegado a Universidade a integrar-se no ambiente universitário, a criar amizades e a desenvolver laços de sólida camaradagem. É através da Praxe que o estudante desenvolve um profundo amor e orgulho pela instituição que frequenta, a sua segunda casa.
A história da Praxe remon¬ta ao século XIV, praticada na altura pêlos clérigos monásti¬cos, mas o seu contexto mais conhecido aparece no século XVI sob o nome de "Investidas". A Praxe, na épo¬ca, era na realidade bastante dura para com os caloiros, o que a levou a ser considera¬da "selvagem" peia opinião popular nos finais do século XIX.
A Praxe revestiu-se his¬toricamente de diversas for¬mas, sofreu inúmeras transformações e chegou mesmo a estar proibida e suspensa. Após o 25 de Abril de 1974 a Universidade deixou se ver vista como um lugar sagra¬do, destinado a muito poucos, e assim com a democra¬tização da Universidade, voltasse a implantar a grande tradição da Praxe Académica.
E novamente contrariando o senso comum a Praxe Académica, não existe somente na Universidade de Coimbra e varia de Universidade em Universidade.
A Praxe Académica e o seu espírito não é apenas das festas e dos copos, ela também ajuda o indivíduo a preparar-se para a futura vida profissional. Através das várias «missões impossíveis» que o caloiro tem de desempenhar, este vai-se tornando cada vez mais desinibido, habituando-se a improvisar em situações para as quais não estava preparado.
Não se pode confundir Praxe Académica com as «pseudo-praxes», executadas apenas por indivíduos ignorantes na matéria. A Praxe não pode nunca ser sinónimo de humilhação ou de actos de violência barata levados a cabo por uns quantos frustrados que não sabem o que são as tradições académicas e só usam um traje para se pavonearem na esperança de serem notados. São indivíduos destes os responsáveis pelo actual estado moribundo da verdadeira Praxe Académica que tem vindo a dar lugar a ditaduras absurdas, um pouco por todo o lado, que partem de ignorantes que desejam que a Praxe seja aquilo que lhes apetecer.
A Praxe Académica é regida por uma hierarquia (ordem decrescente): Dux (aquele individuo que tem mais matriculas da Universidade), veterano, Doutor Veterano, Doutor, Prastrano, Caloiro (aquele que acabou de entrar), contendo as actividades realizadas sempre como base o Bom Senso.
A Praxe Académica e o uso da Capa e Batina representam humildade e o respeito pelos outros.
Todo o estudante da Universidade Lusófona é obrigado quando tem a capa pelos ombros, coloca-la de forma a que qualquer tipo de insígnia não esteja visível. As dobras efectuadas são pelo n.º de matrículas realizadas na secretaria da Universidade e uma dobra a mais com significado livre para o estudante. A capa quando traçada só se pode ver preto.
O traje masculino é constituído por: Batina preta sem ser de gala ou de grilo (com 3 botões em qualquer zona e lapelas acetinadas); Calça clássica preta, com 2 ou 3 pregas, sem dobra na bainha; Gravata preta e lisa ou laço preto; Colete preto masculino, acetinado e com fivela nas costas, tecido igual ao da batina, com dois bolsos e cinco botões (no caso de uso de laço não se usa colete); Camisa branca lisa com um bolso do lado esquerdo, sem motivos, sem folhos, sem botões nos colarinhos e com botões brancos; Sapatos pretos de atacadores (estilo clássico, sem apliques metálicos, não envernizados, com o numero impar de buracos em cada lado); Meias pretas; Capa preta lisa e de estilo académico; Cinto preto; o uso do gorro é opcional; o uso do relógio só de bolso.
O traje feminino é constituído por: Camisa branca lisa, com ou sem bolso, sem botões no colarinho; Casaca preta com dois bolsos com pala (não cintada, com 3 botões no punho e 3 botões à frente); Saia preta (travada, e até 3 dedos acima do joelho, racha na zona posterior); Gravata preta lisa; collans pretas (tipo vidro ou lycra – não opacas, não podendo usar ligas); Sapatos com salto até 3 cm, lisos sem fivelas ou apliques; Capa preta lisa e de estilo Académico.
A vida Académica do estudante é feita de momentos e de recordações, podendo ser retratadas pelos distintivos, insígnias, não devendo no entanto ser colocados os emblemas sem significado a nível académico ou pessoal para o estudante, pois estes emblemas não passam de acessórios que vão contra ao que o traje académico representa a nível académico ( Aos elementos de Tunas Académicas é permitido o uso de outro tipo de acessórios).
O uso de Pin’s não deverá também ser exagerado, pois o traje faz parte de uma tradição académica centenária, por isso não deve conter acessórios supérfluos.
O Traje Académico deve ser usado com orgulho, mas nunca com arrogância ou vaidade, pois este simboliza a igualdade entre todos os estudantes.A Praxe Académica tem uma mecânica inerente que, ao ser desrespeitada, acaba por culminar em verdadeiros insultos à tradição.


A Praxe é dura, mas é a Praxe.
DVRA PRAXIS SED PRAXIS!

segunda-feira, julho 10, 2006

ATÉ 2008, OBRIGADO PORTUGAL!!!

Um adeus descolorido

Todo o azar do Mundial reunido em 90 minutos impediu Portugal de repetir o terceiro lugar do Inglaterra’66. Foram muitas coisas a correr mal numa exibição que teve muitos momentos bons, mas também houve aselhice e más opções



Portugal despediu-se do Mundial com uma derrota pesada e por números que não correspondem nem de perto nem de longe ao que se passou em campo. Foi como se de repente todos os azares disponíveis caíssem sobre a equipa das Quinas. Ricardo fez um grande campeonato mas ontem foi mal batido no primeiro golo; a equipa mostrava capacidade de reacção e Petit, ao tentar um alívio, assinou um autogolo; Metzelder cabeceou para a própria baliza mas acertou com a bola no guarda-redes; Scolari manteve em campo um ponta-de-lança inoperante durante mais de uma hora; Petit entrou ao intervalo e esteve envolvido nas jogadas dos três golos sofridos. Um acumular de situações estranhas que contribuíram para uma desfeita que não apaga o que está para trás, mas também não é um final condizente com o resto do percurso.

A Alemanha festejou o triunfo como se do título se tratasse, porque, apesar do confronto dos números, os alemães também sabem que num jogo em que as coisas tivesse corrido com mais normalidade não teriam ganho. Fica uma chapelada para os dois tiros de Schweinsteiger (três com o que originou o autogolo de Petit), porque, de resto, o herói germânico na conquista da medalha de bronze foi o guarda-redes Kahn.

No alinhamento do onze, para além das substituições obrigatórias – Paulo Ferreira em vez de Miguel (lesionado) e Ricardo Costa no lugar de Ricardo Carvalho (castigado) -, Scolari optou por deixar Figo no banco e dar a titularidade a Simão. Uma opção aceitável, apesar de inesperada, mas é preciso explicar desde já que o capitão entrou demasiado tarde.

No dia da despedida, Figo deveria entrar para a glorificação – ainda assim foi aplaudido por todo o estádio quando entrou – mas face ao decorrer da partida esteve tempo a mais fora, enquanto Pauleta – também de saída - esteve tempo a mais dentro, porque desde a primeira parte se via que as marcações à zona da Alemanha pediam a presença de Nuno Gomes, um jogador que foge aos polícias e sai da área para jogar em tabelas. É que o futebol de Portugal, com Deco, Maniche, Ronaldo e Simão em grande, precisava de outro tipo de correspondência na zona central, ou então um matador de área mas que o fosse de facto.

Com ambas as equipas a quererem mesmo ganhar, a primeira parte foi competitiva e bem jogada. Aqueles jogadores, de ambos os lados, estavam ali a tentar provar que mereciam que este jogo fosse a final, que apenas se disputasse hoje, em Berlim e não em Estugarda. Ao jogo quadrado e previsível dos alemães, mas perigoso, porque rápido, forte e bem executado (naquele estilo, obviamente), Portugal contrapunha um Deco como ainda não se tinha visto no Mundial, extremos rápidos, laterais mais fortes a subir do que a defender, passe curto alternado com diagonais a rasgar a defesa alemã. Os buracos iam aparecendo, mas alguma imperícia e Khan resolviam os problemas dos anfitriões, embora também tenha de referir-se que do outro lado Ricardo também parou duas bolas perigosas e Costinha, para matar um jogada de perigo, teve de levar um amarelo que o deixou à porta da rua.

Tudo ao contrário

A troca de Costinha por Petit ao intervalo era, claramente, uma boa ideia. Saía um jogador que actuava limitado numa zona de muita luta e entrava outra de características parecidas, forte fisicamente, limpo. Saiu tudo ao contrário. Petit não fechou a entrada da área e deixou Schweinsteiger chutar no lance do primeiro golo, embora Ricardo devesse ter feito muito melhor; pouco depois, o mesmo Petit fez autogolo ao tentar um corte e, mais tarde, deixou que Schweinsteiger bailasse na frente dele antes de disparar o míssil que deu o terceiro golo, este sem defesa possível.

O caricato da situação é que Portugal continuou a jogar bem mesmo depois de sofrer os golos. A perder por dois, Scolari tirou Nuno Valente e meteu Nuno Gomes, que foi colocar-se ao lado de Pauleta, enquanto Paulo Ferreira passou para lateral-esquerdo e Petit foi para a direita. A seguir saiu Pauleta e entrou Figo. Tarde de mais. Klinsmann renovou o ataque – fez trocas directas – mas nem com isso conseguiu segurar o caudal ofensivo dos portugueses, que viram Khan roubar golos a Deco e Ronaldo, numa altura em que a equipa atacava com seis homens.

O golo de honra de Nuno Gomes teve um sabor a pouco, tanto pelos números finais da partida como pela dúvida do que poderia ter acontecido se tivesse entrado pelo menos ao intervalo, que os deuses da fortuna ainda não tinham virado as costas à equipa portuguesa.

Jogar como Portugal jogou durante a maior parte dos 90 minutos e ir para casa vergado a uma derrota por 3-1 não faz sentido. O futebol é assim, porque nem sequer se pode falar de descompressão.

Ficha de jogo

Estádio Gottlieb-Daimler Stadion, em Estugarda relvado: bom estado espectadores: 52.000 árbitro: Toru Kamikawa (Japão) assistentes: Yoshikazu Hiroshima (Japão), Dae Young Kim (Coreia do Sul) 4º árbitro: Coffi Codjia (Benim)

Alemanha 3 - Portugal 1

GOLOS [1-0] Schweinsteiger 56', [2-0] Petit 61', p. b., [3-0] Schweinsteiger 78', [3-1] Nuno Gomes 88'

Alemanha

12 Oliver Kahn GR
16 Philipp Lahm LD
21 Metzelder DC
6 Nowotny DC
2 Jansen LE
5 Kehl MD
8 Frings MD
19 Schneider AD
7 Schweinsteiger AE 79'
20 Podolski AV 71'
11 Klose AV 65'
T: Jurgen Klinsmann
1 Lehmann GR
23 Hildebrand GR
4 Robert Huth DC
22 Odonkor AD
15 Hitzlsperger AE 79'
9 Hanke AV 71'
10 Neuville AV 65' 1
4 Asamoah AV

Amarelos 7' Frings; 78' Schweinsteiger

Portugal

1 Ricardo GR
2 Paulo Ferreira LD
5 Fernando Meira DC
4 Ricardo Costa DC
14 Nuno Valente LE 69'
6 Costinha MD 45' 1
8 Maniche MD
20 Deco MO
11 Simão AD
17 Cristiano Ronaldo AE
9 Pauleta AV 77'
T: Luiz Felipe Scolari
12 Quim GR
22 Paulo Santos GR
3 Caneira LE
8 Petit MD 45'+
10 Hugo Viana MO
19 Tiago MO
7 Luís Figo AD 77'
15 Boa Morte AE
21 Nuno Gomes AV 69'
23 Hélder Postiga AV

Amarelos 24' Ricardo Costa, 33' Costinha, 60' Paulo Ferreira

quinta-feira, julho 06, 2006

OBRIGADO PORTUGAL!!!!

apesar de tudo.....há que fazer uma grande vénia ao que esta selecção nos fez acreditar....

HOJE, faltou a estrelinha!!! mas esta selecção enche-nos de orgulho!!!

Não chores, Portugal!

França vence Portugal (1-0) e vai discutir com Itália a final do Campeonato do Mundo, no domingo, em Berlim. Portugal e Alemanha jogam para o terceiro lugar, no sábado, em Estugarda. Um golo de grande penalidade, apontada por Zidane, ditou o fim do sonho luso de chegar à final.



Não chores, Portugal! Custa perder assim, mas a França não foi superior. Chega à final graças a uma grande penalidade cometida por Ricardo Carvalho sobre Henry, mas outra ficou por assinalar aos 36 m, quando Sagnol empurrou Cristiano Ronaldo, pelas costas, na área de rigor. Em vantagem, os franceses trataram de defendê-la e levaram o barco a bom porto. Com uma grande organização defensiva, deve reconhecer-se. Portugal bem porfiou, mas foi incapaz de chegar ao golo. A França foi calculista? Sem dúvida! Arriscou pouco, apenas no contra-ataque, mas venceu graças à boa organização defensiva.

Chegar às meias-finais é uma proeza só ao alcance dos melhores. Que o digam Inglaterra, Argentina, Brasil, Espanha... O sonho de chegar pela primeira vez à final terminou, é certo, mas existe ainda a possibilidade de atingir um lugar no pódio, tal como aconteceu em 1966 com os «magriços». O balanço da campanha portuguesa no Mundial é positivo. Não há razão para chorar...

Allianz Arena, em Munique

Árbitro: Jorge Larrionda (Uruguai)

PORTUGAL – Ricardo; Miguel (Paulo Ferreira, 62 m), Fernando Meira, Ricardo Carvalho e Nuno Valente; Costinha (Hélder Postiga, 74 m) e Maniche; Figo, Deco e Cristiano Ronaldo; Pauleta (Simão, 67 m).

FRANÇA – Barthez; Sagnol, Thuram, Gallas e Abidal; Makelele e Patrick Vieira; Ribery (Govou, 71 m), Zidane e Malouda (Wiltord, 69 m); Henry (Saha, 84 m).

Ao intervalo: 0-1

Golo: Zidane (33 m), de grande penalidade a castigar falta de Ricardo Carvalho sobre Henry.

Resultado final: 0-1.

França vai discutir com a Itália a final do Mundial.Portugal e Alemanha jogam para o terceiro lugar.

Cartão amarelo a Ricardo Carvalho e Saha

domingo, julho 02, 2006

PORTUGAL NAS MEIAS-FINAIS

Passado dois anos, a história repetiu-se. Portugal e Inglaterra apenas desempataram nas grandes penalidades, desta vez depois de 120 minutos sem golos, mesmo com Rooney expulso. Na «lotaria», Ricardo voltou a ser herói e Portugal carimbou histórica passagem às meias-finais do Mundial-2006.



Arena AufSchalke, em Gelsenkirschen

Árbitro: Horacio Elizondo (Argentina)

Inglaterra – Robinson; Neville, Rio Ferdinand, John Terry e Ashley Cole; Owen Hargreaves; Beckham (Lennon, 51 m (Carragher, 118 m)), Gerrard, Frank Lampard e Joe Cole (Crouch, 65 m); Wayne Rooney.

Suplentes não utilizados: David James, Carson, Sol Campbell, Wayne Bridge, Jermaine Jenas, Carrick, Downing e Walcott.

Portugal – Ricardo; Miguel, Fernando Meira, Ricardo Carvalho e Nuno Valente; Tiago (Hugo Viana, 74 m), Petit e Maniche; Figo (Hélder Postiga, 85 m), Pauleta (Simão, 63 m) e Cristiano Ronaldo.

Suplentes não utilizados: Quim, Paulo Santos, Paulo Ferreira, Caneira, Ricardo Costa, Boa Morte e Nuno Gomes.

Disciplina: cartão amarelo a John Terry (29 m), Petit (43 m), Hargreaves (106), Ricardo Carvalho (110 m); cartão vermelho a Wayne Rooney (61 m)

Resultado: 0-0

Desempate nas grandes penalidades: Simão marcou (0-1); Lampard falhou (0-1); Hugo Viana falhou (0-1); Hargreaves marcou (1-1); Petit falhou (1-1); Gerrard falhou (1-1); Hélder Postiga marcou (1-2); Carragher falhou (1-2); Cristiano Ronaldo marcou (1-3).

PORTUGAL ESTÁ NAS MEIAS-FINAIS DO MUNDIAL-2006

segunda-feira, junho 26, 2006

PORTUGAL NOS QUARTOS-DE-FINAL

Portugal vence a Holanda por 1-0 (golo de Maniche, aos 22 m) e segue em frente no Mundial, defrontando a Inglaterra nos quartos-de-final, no próximo sábado (16 h), em Gelsenkirchen. Dezasseis cartões amarelos e quatro expulsões (!) e um árbitro (russo) sem categoria.



Dezasseis cartões amarelos e quatro expulsões! Um árbitro (russo) sem categoria, incapaz de segurar o jogo e de travar o ímpeto dos jogadores. A Holanda começou bem, poderia ter inaugurado o marcador, mas Portugal aguentou a pressão e chegou ao golo aos 22 minutos, por intermédio de Maniche. Depois foi sofrer até ao fim... Cristiano Ronaldo sofre falta dura (Boulahhrouz deveria ter visto o vermelho, em vez do amarelo) e é substituído por Simão; Costinha vê segundo amarelo e deixa a equipa desfalcada (uma infantilidade do médio português, ao cortar com a mão um lance inofensivo, a meio campo).

Portugal partiu para a segunda parte em vantagem, mas em inferioridade numérica. Scolari tratou de reforçar o meio-campo com a entrada de Petit, abdicando do único ponta-de-lança de raiz (Pauleta). A equipa das quinas aguentou a pressão holandesa e passou a explorar o contra-ataque. O holandeses desesperavam... O golo do empate não surgia e as «coisas» não saíam bem em termos de finalização. Boulahrouz também viu segundo amarelo, as equipas passaram a jogar de novo em igualdade numérica, mas Portugal sofre nova contrariedade com a expulsão de Deco (segundo amarelo). Scolari manda entrar Tiago, era preciso segurar os holandeses e... esperar pelo apito final.

Os minutos finais foram de grande emoção, mas Portugal conseguiu levar o barco a bom porto e junta-se a Alemanha, Argentina e Inglaterra nos quartos-de-final. Agora vem aí a Inglaterra (sábado). Costinha e Deco, «pedras» importantes na estrutura da equipa, estarão ausentes; Cristiano Ronaldo saiu lesionado e está em dúvida. Mas esse será outro jogo e agora é tempo de festejar a passagem aos quartos-de-final...

Frankenstadion, em Nuremberga

Árbitro: Valentin Ivanov (Rússia)

PORTUGAL – Ricardo; Miguel, Fernando Meira, Ricardo Carvalho e Nuno Valente; Costinha e Maniche; Luís Figo (Tiago, 84 m), Deco e Cristiano Ronaldo (Simão, 34 m); Pauleta (Petit, 46 m).

HOLANDA - Van der Sar; Ooijer, Boulahrouz, Mathijsen (Van der Vaart, 55 m) e Van Bronckhorst; Sneijder, Van Bommel (Heitinga, 66) e Cocu (Hesselink, 83 m); Van Persie, Kuyt e Robben.

Ao intervalo: 1-0

Golo: Maniche (22 m)

Resultado final: 1-0. Portugal nos quartos-de-final, junta-se a Alemanha, Argentina e Inglaterra.

Cartão amarelo a Van Bommel, Boulahrouz, Maniche, Costinha, Petit, Van Bronckhorst, Figo, Deco, Van der Vaart, Sneijder, Ricardo e Nuno Valente.

Cartão vermelho (segundo amarelo) a Costinha, Boulahrouz, Deco e Van Bronckhorst

quinta-feira, junho 22, 2006

PORTUGAL 2-1 México

Portugal vence o México e termina o grupo em primeiro lugar, com 9 pontos. A segunda parte não foi tão boa como os primeiros 45 minutos, mas a emoção esteve presente até final.

O México voltou a entrar melhor e podia ter chegado ao empate, com o árbitro a assinalar uma grande penalidade num lance duvidoso com Miguel, mas Bravo não acertou na baliza.



A equipa portuguesa limitou-se a controlar a vantagem no marcador, e só conseguiu criar algum perigo após a entrada de Nuno Gomes, a substituir o apagado Postiga.

Os mexicanos jogaram a última meia hora com dez elementos, mas continuaram a pressionar a defensiva portuguesa. Portugal acaba por ser um justo vencedor e espera agora pelo adversário dos oitavos-de-final, enquanto os “aztecas”, mesmo com a derrota, seguem em frente.

FICHA DO JOGO:

Portugal-México, 2-1 (5', Maniche; 23', Simão; 28', Fonseca)

EQUIPAS

Árbitro: Lubos Michel (Eslováquia).
Árbitros Assistentes: Roman Slysko e Martin Balko (Eslováquia).

PORTUGAL: Ricardo, Miguel (60', Paulo Ferreira), Fernando Meira, Ricardo Carvalho, Caneira, Petit, Maniche, Tiago, Figo (79', Boa Morte), Simão e Postiga (68', Nuno Gomes).

MÉXICO: Sanchez, Rafael Marquez, Osorio, Salcido, Mendez (79', Franco), Pardo, Rodriguez (46', Zinha), Luiz Perez (60', EXPULSO), Omar Bravo, Fonseca e Pineda (68', Castro).